Pesquisas já revelam provável fracasso no segundo turno; mídia
ensaia abandonar candidatura. Estará chegando ao fim uma era de
arrogância, truculência e preconceito?
Em debate na Folha, ao sugerir que poderá se candidatar a
presidente da República pelo PSDB, o governador paulista Geraldo Alckmin
expressava um sentimento que começa a tomar conta do partido: acabou a
era José Serra, o pior período de um partido que, durante algum tempo,
atraiu o pensamento renovador brsileiro.
A própria cobertura dos jornais paulistanos – em geral favoráveis a
Serra – não mais esconde a personalidade e o estilo do candidato.
Na quinta, o Estadão mostrava Serra defendendo o trânsito em
São Paulo (“poderia ser pior não fossem os investimentos”) e informava
que ele era o único candidato a se locomover de helicóptero pela cidade,
ao custo de R$ 3 mil a hora.
Na sexta, a Folha relatava a viagem de Serra no Metrô e seu
curioso elogio da superlotação: é superlotado porque é bom e sai sempre
no horário. Além das vaias recebidas e das sugestões para que viajasse
em horário de pico.
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