Os leitores que assinam e
compram a Veja, não sei se por inércia ou por hábito devem achar normal
os atentados ao jornalismo e à informação que ela vem praticando há já
um bom tempo. São “matérias” como esta que você confere no artigo
abaixo, que tornam de urgência urgentíssima a regulamentação da
atividade no país, a exemplo do que ocorre na maior parte dos países que
prezam não só a liberdade de expressão, mas, o direto à informação e o
de defesa contra os desmandos de veículos como este.
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Vamos falar de uma fábula. De uma terrível história de ficção, daquelas
em que a bruxa vence o camponês e a onça vence o macaco. Esta já é,
infelizmente, uma história antiga, quase tão repisada quanto os contos
de Esopo. E nada indica que terá um final feliz.
Antes, porém, pergunto: ainda vale observar o jornalismo brasileiro a partir das atitudes que a revista Veja
tem tomado há pelo menos 15 anos? Sim, infelizmente. Revisitar os erros
que a chamada grande mídia continua cometendo já é quase um clichê, mas
nada resta, senão isto, aos adeptos do jornalismo que ainda sonham com
reportagens realizadas dentro de padrões mínimos de ética e decência.
Padrões que a Veja não segue mais.
Na edição da semana passada, a 24ª do 44º ano de vida da revista, ela
continuava sua suposta investigação sobre os contratos do ex-ministro
Antonio Palocci. Até aí, trata-se de uma demanda da sociedade saber e de
um direito da empresa investigar. Há indícios, contudo, de que Veja não está investigando nada.
Ficção da pior qualidade
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Publicado originalmente em Coluna do Leitor
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segunda-feira
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